12 dezembro 2025

Pela primeira vez em Itabira como presidente da República, Lula inaugura radioterapia no HNSD

Mandatário máximo do país disse que todos os cidadãos brasileiros merecem tratamento de saúde digno.

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Nesta quinta-feira (11), Itabira foi sede de um evento histórico. A Cidade do Ferro recebeu o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Saúde Alexandre Padilha para sediar um evento que marca a popularização do serviço de radioterapia no Hospital Nossa Senhora das Dores em Itabira e em mais quatro locais no Brasil, são eles: Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia; Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho, em São Luís; Santa Casa de Misericórdia de Marília, na cidade paulista de mesmo nome; e Hospital Maternidade São José, em Colatina.

O acelerador linear é um dispositivo fundamental para o combate ao câncer e por dar mais chances de sobrevida aos pacientes, principalmente quando estes realizam o tratamento de forma precoce, em estágios iniciais da doença.

Compareceram ao evento acompanhando o presidente da República e o ministro da Saúde o também ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a ministra de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Macaé Evaristo, deputados, lideranças regionais e outras autoridades do Ministério da Saúde. Também se sentou ao lado do chefe do executivo nacional, a secretária Municipal de Saúde de Itabira, Fabiana Machado e, ocupando o lugar de um vereador itabirano no palco (detalhe importante), o parlamentar de Belo Horizonte Pedro Rousseff.

“O que estamos fazendo aqui é dizendo que esse país não vai tratar as pessoas mais humildes, os trabalhadores, os professores, os comerciários, os frentistas de postos de gasolina e os metalúrgicos do Brasil inteiro como cidadãos de terceira classe. Nós temos o garantido na Constituição Federal, portanto o papel do governo é cumprir a Constituição.” Discursou o chefe de Estado sobre um dos princípios da lei brasileira.

Em seguida, Lula reafirma que o seu governo através dos investimentos vem proporcionando mais equidade no tratamento de saúde de alta complexidade sobretudo para as classes mais desprivilegiadas. “Vocês [população de Itabira e região] terão agora um tratamento igual ao que qualquer pessoa rica neste país vai ter, vocês não morrerão mais por falta de tratamento.”

Radioterapia

Com a inauguração do serviço, os tratamentos já podem ser iniciados, com o recebimento gradativo dos pacientes de acordo com os critérios de regulação estabelecidos pela Comissão Municipal de Oncologia. A organização adotada busca garantir atendimento seguro, transparente e compatível com as demandas da rede pública de saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde de Itabira participou da estruturação da linha de cuidados oncológicos, definindo fluxos, aprimorando a regulação municipal e integrando os serviços que compõem a assistência ao paciente com câncer no município e na região.

Equipe técnica

O serviço dispõe de profissionais capacitados para operar os equipamentos e realizar os procedimentos necessários. A equipe passou por treinamentos técnicos e operacionais, incluindo qualificações oferecidas pela Varian, fabricante do acelerador linear, e por especialistas na área de radioterapia.

A composição da equipe é a seguinte:

  • 3 médicos radioterapeutas

  • 2 físicos-médicos

Além disso, 11 profissionais atuam nas áreas de enfermagem, tecnologia em radiologia, recepção e apoio operacional, totalizando 16 colaboradores diretamente envolvidos nas atividades do setor, com suporte da equipe multiprofissional da rede municipal de saúde.

Capacidade e atendimento

A Radioterapia do HNSD possui capacidade estimada para atender até 50 novos pacientes por mês, contribuindo para o fortalecimento da linha de cuidado oncológico em Itabira e para a maior agilidade no início dos tratamentos.

Em sua fase inicial, o atendimento será integralmente direcionado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Após o credenciamento com operadoras de convênios, será adotado o modelo filantrópico do Hospital Nossa Senhora das Dores, com oferta de 60% dos atendimentos pelo SUS e 40% pela rede ambulatorial/suplementar.

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