Uma pesquisa realizada pelo instituto DataMG no dia 21 de junho de 2025, com 208 moradores de Santa Maria de Itabira e margem de erro de 6 pontos percentuais, buscou entender o interesse da população local na compra de imóveis. A pergunta feita foi: “Você tem interesse em comprar um imóvel em Santa Maria de Itabira?” Os resultados foram os seguintes:
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19% responderam que têm interesse em comprar uma casa;
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2% demonstraram interesse em um apartamento;
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13% gostariam de adquirir um lote;
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6% optariam por um sítio ou fazenda;
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59% afirmaram que não têm interesse em comprar imóvel no momento.
O dado que mais chama atenção é o baixo índice de interesse por apartamentos: apenas 2% dos entrevistados. Esse número contrasta com a realidade de outras cidades da região, como João Monlevade, Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo, onde empreendimentos verticais são mais comuns e costumam ter boa aceitação.
Esse cenário pode ser explicado, em parte, pela ausência de prédios residenciais na cidade. A baixa oferta de imóveis verticais pode estar influenciando diretamente a baixa demanda — ou seja, os moradores não consideram essa opção simplesmente porque ela quase não existe no município.
A habitação vertical como oportunidade
Em diversas cidades brasileiras, a construção de apartamentos tem se mostrado uma alternativa interessante tanto para o consumidor quanto para o empreendedor. De acordo com dados do índice FipeZAP, imóveis menores e mais compactos vêm apresentando valorização superior à média, especialmente por serem mais acessíveis e mais fáceis de financiar.
Estudos mostram que empreendimentos verticais oferecem maior retorno por metro quadrado de terreno. Em um único lote, por exemplo, é possível construir diversas unidades habitacionais, aumentando a rentabilidade do investimento. Além disso, os apartamentos tendem a ter um valor de entrada mais baixo, facilitando a aquisição por parte de jovens, casais iniciando a vida em comum ou pessoas que buscam imóveis para alugar.

Uma estratégia para o futuro
Em Santa Maria de Itabira, a quase inexistência de apartamentos não significa que não há demanda para esse tipo de imóvel. Ela pode estar apenas adormecida, à espera de uma oferta adequada. Com planejamento urbano, avaliação de terrenos bem localizados e um projeto que atenda ao perfil da população local, a introdução de prédios com apartamentos compactos pode abrir uma nova frente para o setor imobiliário da cidade.
Trata-se, portanto, de uma oportunidade estratégica para construtoras e investidores locais. A habitação vertical pode não apenas diversificar o mercado de imóveis em Santa Maria de Itabira, como também atrair novos públicos, gerar empregos e contribuir para o crescimento urbano de forma mais racional e eficiente.