Sindicalista pode ser um potencial representante de Itabira na Câmara Federal.
Em pesquisa realizada ao longo do mês de abril, um nome bastante promissor foi lembrado pela população itabirana logo após o do atual prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB). Trata-se de André Viana, presidente do Sindicato Metabase e membro do Conselho Deliberativo da mineradora Vale.
De acordo com o levantamento realizado pelo instituto DataMG em Itabira, Viana aparece em segundo lugar, com 15% da preferência dos entrevistados, em pesquisa estimulada que ouviu um total de 316 pessoas. A margem de erro é de 5,6 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
A boa aceitação do líder sindical se explica pela atuação engajada à frente do Sindicato Metabase de Itabira e região — que vai desde a realização de eventos populares, sobretudo na Semana dos Trabalhadores, até a luta em defesa dos aposentados e trabalhadores idosos anistiados da antiga CVRD, reintegrados a instituições federais após decisão do STF.
Em um cenário que transcende os limites do município da Pedra que Brilha, destaca-se o eficiente alinhamento de André com outros líderes sindicais de localidades onde a Vale atua em Minas e em outros estados do país, como o Pará. Esse consenso o levou ao Conselho de Administração da Vale, representando os trabalhadores da empresa.
O ápice da atuação do itabirano no órgão decisório segunda maior mineradora do planeta aconteceu em 2024, quando encabeçou as articulações internas no alto comando da companhia para a escolha de Gustavo Pimenta para presidir a multinacional brasileira. “A solução caseira certamente vai ser muito bem recebida pelos nossos representados”, afirmou o conselheiro André Viana.
A Folha de S.Paulo registrou o seguinte na ocasião que selou a escolha do executivo:
“A solução interna era defendida por alguns conselheiros, como o representante dos trabalhadores, André Viana, que ajudou a costurar um acordo, em articulações com outros conselheiros e agentes externos, como o governo.”
Outro ponto que chama a atenção — e que pode demandar atuação política mais incisiva — é a defesa da Vale e da atividade minerária no Congresso Nacional, uma vez que tanto a mineradora quanto o setor extrativista mineral vêm enfrentando ataques e endurecimento das regulamentações ambientais e tributárias vigentes, principalmente após os desastres de Mariana (2015) e Brumadinho (2019).
Em março deste ano, André participou do evento que marcou o início das obras de captação de água do Rio Tanque. Segundo ele, “o projeto é uma reparação histórica com Itabira, após o rebaixamento do aquífero do Cauê” — disparou na frente de autoridades e diretores da mineradora.