16 setembro 2025

Movimentações da Vale agitam Mercado Imobiliário de Itabira e região

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“A informação é a centelha do poder”, já dizia Maquiavel. Quem a detém, inevitavelmente, toma as melhores decisões.

Recentemente, a Vale anunciou investimentos de R$ 67 bilhões em Minas Gerais até 2030, além de R$ 70 bilhões no Pará. O objetivo é ampliar a produção e retomar a posição de maior mineradora de ferro do mundo. Estratégia notável, mas a grande questão permanece: até que ponto a empresa abrirá o jogo?

Sobre Minas Gerais, o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, mineiro de Divinópolis, afirmou que o Estado estará na vanguarda da produção da companhia:

“Minas Gerais foi o passado, é o presente e será o futuro da Vale.”
A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Tempo.


Itabira/MG

Na cidade berço da Vale, Pimenta declarou durante a reinauguração da Mina de Capanema:

“Eu acho que tem muito minério em Itabira.” Leia mais

Segundo o jornalista Carlos Cruz, especialista em Vale, as reservas na região são expressivas — estimadas em mais de 1 bilhão de toneladas. De acordo com Cruz, em julho de 2003, o então presidente da Vale, Roger Agnelli, já havia anunciado, em reunião na Prefeitura de Itabira, que a cidade dispunha de reservas lavráveis para além de 2060.

Um ponto concreto é que a mineradora pretende desativar uma das usinas da Mina de Conceição para aproveitar o minério que está sob a Usina I. Além disso, a empresa estuda formas de reaproveitar minério em barragens, como a do Pontal, no bairro Bela Vista.

mercado imobiliário já sente reflexos dessas movimentações. Novos empreendimentos estão no radar de investidores:

  • Rede Indiana sondou pontos comerciais no bairro Bela Vista.

  • Burger King abrirá na Av. Mauro Ribeiro.

  • Construtora Saga lançará o residencial Brisa, no bairro Jardim Buritis.

  • A rede SmartFit estuda abrir unidade em Itabira.

  • Osaka Toyota abre uma concessionária na Av João Pinheiro

Na região da Gabiroba, dois novos loteamentos estão sendo preparados pela Construtora Base. O bairro também receberá seu próprio cinema, no Jardim Gabiroba, ao lado do Mart Minas, com inauguração prevista para novembro.


São Gonçalo do Rio Abaixo/MG

Em Brucutu, a maior mina de Minas Gerais, o destaque é a possibilidade de dobrar a produção, passando de cerca de 32 milhões para até 70 milhões de toneladas por ano. Caso confirmada, essa expansão pode gerar um impacto econômico bilionário na região.

Estão em andamento projetos que devem empregar até 2 mil trabalhadores, com previsão de conclusão entre 2028 e 2029.

Até mesmo a construtora Vale Verde pretende entrar no setor. A empresa itabirana contratou o ex-diretor da Vale, Antônio Padovezi, para comandar a exploração de uma nova jazida no município.

Esse cenário abre espaço para novas oportunidades locais. A expansão aumenta temporariamente a demanda por mão de obra, pressionando o mercado de moradia, aluguel e serviços. A expectativa é que nos próximos cinco anos a população salte dos atuais 12 mil habitantes para 15 mil moradores.

O próprio prefeito de São Gonçalo, Raimundo Barcelos (Nozinho), reforçou a urgência desse movimento:

“Temos de avançar agora em projetos de moradia. Está faltando.” Veja mais


Barão de Cocais/MG

Em Barão de Cocais, os investimentos imobiliários são ainda mais urgentes. O município é rodeado por 11 mineradoras e está entre os que mais recebem trabalhadores. A carência de alojamentos e moradias para aluguel é crítica, e a verticalização das construções surge como alternativa.

Para atender essa demanda, a Prefeitura e a Câmara Municipal preparam um novo Plano Diretor, que deve facilitar a atração de investidores para o setor imobiliário.

Novos negócios chegarão ao município. Contudo ainda há demandas para prestadoras de serviços de manutenção, restaurantes, locadoras de veículos, entre outros negócios. Aprofunde aqui!


Minas Gerais no centro da mineração

Não é novidade que Minas Gerais é uma potência minerária. O que chama a atenção é a capacidade do Estado de se manter competitivo nesse setor.

fantasma da exaustão mineral ronda várias cidades, como a própria Itabira. Fala-se muito em diversificação econômica, mas uma questão segue sem resposta clara:

Qual é, de fato, o tamanho das reservas minerais ainda em poder das mineradoras?

 

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