A edição 2025 do ranking Negócios em Expansão (EXAME, BTG Pactual e PwC) posicionou a Fralía Cacau Brasil na 29ª colocação geral, com destaque no setor de alimentos e bebidas. A empresa figura como a única representante mineira entre as 30 primeiras colocadas. O levantamento contempla organizações com faturamento anual entre R$ 30 milhões e R$ 150 milhões que registraram as maiores taxas de crescimento no país.
O reconhecimento ocorre no momento em que a Fralía inicia investimento de R$ 15 milhões para ampliação de sua planta no Distrito Industrial II, em São Gonçalo do Rio Abaixo. Nesta primeira etapa, a área construída passará de 3.000 m² para 7.000 m², com possibilidade de expansão para mais de 20.000 m². A capacidade produtiva será elevada de 350 para 1.000 toneladas mensais de derivados de cacau até 2026.
De acordo com a administração municipal, o projeto de expansão confirma a estratégia de diversificação econômica e redução da dependência da atividade mineradora, com foco na atração de empreendimentos de alto valor agregado. O Programa Prospera+, instituído pelo município, oferece incentivos como agilidade na obtenção de licenças ambientais, isenções fiscais, suporte técnico, linhas de crédito e capacitação de mão de obra, visando atrair negócios sustentáveis e com elevado conteúdo tecnológico.
Entre as ações previstas pela Fralía estão a implantação de um laboratório de pesquisa e desenvolvimento voltado para aplicações nos segmentos de panificação e lácteos, a criação de um hub logístico integrado à BR-381 — que deve reduzir em 30% o tempo médio de entrega — e o Programa Fralía Escudo, destinado a mitigar os impactos da volatilidade internacional do cacau sobre os clientes.
A combinação entre matéria-prima de alta produtividade e planejamento público direcionado reforça o posicionamento de São Gonçalo do Rio Abaixo como polo emergente da indústria alimentícia, ampliando suas perspectivas de desenvolvimento econômico além da mineração.
Opinião
A ampliação de investimentos da Fralía em São Gonçalo do Rio Abaixo mostra que é preciso pensar fora da caixa na atração de investimentos. As cidades mineradoras precisam aprender a atrair empresas de outros segmentos, uma vez que quando se estabelece um complexo industrial somente ligado à exploração de minérios, nota-se um enfraquecimento de toda a economia quando a principal atividade econômica perde força.
A indústria de alimentos surge como uma nova cesta para se colocar os ovos além de agregar valor aos produtos advindos do agronegócio, pois ao contrário da mineração este setor dá mais de uma safra.
