A Vale confirmou que segue com o Projeto Apolo, previsto para a Serra da Gandarela, entre Caeté e Santa Bárbara (MG). A proposta, agora com menor impacto ambiental e 95% menos consumo de água, está na fase de obtenção da licença prévia junto ao Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental).
Segundo o Jornal Diário do Comércio, a mineradora conseguiu suspender uma decisão judicial que anulava duas audiências públicas realizadas nas cidades. A anulação havia sido solicitada pelo Instituto Guaicuy e pelo Projeto Manuelzão. O desembargador Miguel Angelo de Alvarenga Lopes suspendeu os efeitos da decisão até o julgamento do recurso da Vale. O instituto recorreu, mas o novo recurso ainda não foi analisado.
A Vale também tentou alegar a incompetência da Justiça Federal e litispendência, mas os argumentos não foram aceitos. Com a suspensão em vigor, o projeto poderá seguir tramitando nas instâncias ambientais.
Segundo pesquisas do DataMG, o projeto conta com apoio da maioria da população local: 69% em Santa Bárbara e 68% em Caeté são favoráveis à implantação da mina. Para a população, o projeto representa desenvolvimento econômico, geração de empregos e aumento da arrecadação.